Filhos não fazem parte da Partilha.

No Divórcio ou na Dissolução de União Estável, os cônjuges encontram-se em meio a um turbilhão de sentimentos e emoções. Em muitos casos, os cônjuges não sabem lidar com tudo aquilo que restou do amor. Nesse contexto, os pais - muitas vezes de forma inconsciente - trazem os filhos para o meio do conflito, como se fossem bens passíveis de serem partilhados.

Os filhos são seres humanos em fase de desenvolvimento e precisam ser preservados, cuidados com um carinho muito especial, principalmente nesse momento de ruptura da relação dos pais. O casamento ou a união acabou, mas o vínculo de pais e filhos não. Por mais que este momento seja difícil e dolorido para todos, a obrigação de cuidado e proteção dos filhos é do pai e da mãe.

O Divórcio ou a Dissolução de União de Estável é um momento de ruptura e mudanças para todos: pais e filhos. Diante dessa nova realidade, as crianças precisam sentir que, mesmo tendo os pais morando em casas separadas, eles continuam sendo o seu porto seguro. Para que isso aconteça, para que as crianças tenham a estabilidade emocional necessária ao seu desenvolvimento saudável, os pais precisam colocar ressentimentos e interesses de lado e hierarquizar, elegendo os filhos como prioridade. Somente assim, os filhos poderão ser poupados de dores desnecessárias.

 Um abraço para todos.

Drª. Larissa Reis (OAB/SP Nº. 359.225) e Drª. Mara Lúcia Nunes (OAB/SP Nº. 173.973).