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Dia da Justiça, será?

Dia da Justiça, será?

Dia da Justiça.

Certo dia, ainda quando estudante de Direito, ouvi de um professor que se eu quisesse fazer justiça através do Direito, eu deveria deixar o curso.

Confesso que naquele momento fiquei muito irritada e me recusei a aceitar aquela colocação. Porém, depois de tantos anos atuando no Direito de Família percebo que, em alguns casos, “talvez” o porquê da fala de meu professor, afirmando que não se faz justiça através do Direito.

Se as pessoas não precisassem do judiciário para resolver suas questões, não existiria judiciário, não é mesmo? No entanto, aqueles profissionais cujas funções dependem de uma demanda para suas profissões subsistam, não estão muito preocupados com essa clientela, pelo menos é o que demonstra a última pesquisa sobre a Percepção e Avaliação do Poder Judiciário Brasileiro (2023), publicada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Na pesquisa realizada, dentre os assuntos submetidos aos processos judiciais, as questões familiares representaram o percentual de 22,7%, seguidos das questões trabalhistas, correspondendo ao percentual de 15,4% e questões envolvendo bancos/instituições financeiras, 9,4%. Do total de entrevistados que tiveram seus processos finalizados, 65,1% avaliaram que o processo durou mais do que o tempo por eles estimado.

Esse aspecto da pesquisa assevera que é exatamente a morosidade um aspecto relevante para descrença institucional no Poder Judiciário em um contexto que a determinação Constitucional que assegura a razoável duração do processo parece não guardar relação com a realidade vivida pelos brasileiros.

Ainda segundo a pesquisa, “as médias de avaliação sobre os (as) magistrados (as), numa escala de notas de 0 a 10, foram baixas, pontuando 3,2 para confiáveis, 3,2 para imparciais, 3,0 para justos e 2,9 para transparentes (AMB, 2020, p. 25).

Levando em consideração a realidade da percepção da população brasileira do judiciário, tire você leitor a conclusão se temos ou não o que comemorar no Dia da Justiça.

 

Um abraço para todos.

Drª. Larissa Reis (OAB/SP Nº. 359.225).

Pesquisa publicada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) disponível aqui. Acessado em: 30/11/2023

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